No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, o mercado brasileiro de videogames oferecia algo bizarro chamado consoles piratas (ou genéricos ou clones).
Como a Nintendo não tinha o menor interesse em lançar seu Nintendinho 8- bits (ou NES) na terra de Sebastião Lazaroni e da reserva de mercado, muitas empresas lançaram videogames compatíveis com os jogos do NES. E o melhor de tudo: sem autorização nenhuma da Nintendo!
Muita gente teve como primeiro videogame um destes piratinhas: Phantom System (Gradiente), Top Game (CCE), Turbo Game (CCE), Bit System (Dismac), Hi-Top Game (Milmar), Super Charger (IBTC), Dynavision (Dynacom). Um clone era a única forma de jogar Mario Bros, Contra, Yo! Noid, Battletoads, Double Dragon, ou Mega Man no Brasil até 1993 (quando finalmente a Nintendo entrou de forma oficial no país).
Alguns destes consoles eram compatíveis somente com os cartuchos americanos da Nintendo (60 pinos, A-60), enquanto outros apenas com os cartuchos japonenses (72 pinos, J-72). O jeito era comprar um adaptador para seu genérico também rodar os jogos do slot americano ou japonês.
Neste anúncio, a Dynacom ainda teve a cara de pau de colocar “Nintendo é marca registrada da Nintendo-Corp USA”. Malandragem, dá um tempo…
Publicado em Almanaque da Mônica número 21- Novembro de 1990- Preço da edição Cr$90,00