Gaita de boca Hering, em cada nota um motivo de alegria. Peça com jeitinho, o papai não vai dizer não.
Publicado em Zé Carioca, ano XXVIII – no. 1375 – Cr$ 3,50 – 1978
Gaita de boca Hering, em cada nota um motivo de alegria. Peça com jeitinho, o papai não vai dizer não.
Publicado em Zé Carioca, ano XXVIII – no. 1375 – Cr$ 3,50 – 1978
Atualmente as crianças estão muito “moderninhas”. É só andar no shopping para ver os baixinhos (Xuxa mode on) com camisetas da Nike, Ralph Lauren, Abercrombie e afins. Tá tudo muito fácil pra essa geração!
Não estou pedindo que as crianças usem camisetas com número de deputado nas costas, mas uma camiseta Hering com estampa do Super-Homem ou da Moranguinho tá bom demais para brincar.
Essa propaganda é bem anos 80: colorida, crianças brincando de bambolê e camiseta com cheirinho de morango. Anos 80 (e Coca Cola) é isso aí!
Publicado em Luluzinha número 140- Fevereiro de 1986- Preço da edição Cr$5.000,00
Mais uma propaganda transadíssima da década de 80!!
Essa daqui é da época que a Hering era sinônimo de camiseta branca e básica, a Malwee era gostosa como um abraço e a Marisol fazia propagandas supertransadas!
Revivi algumas tardes perdidas experimentado roupas numa malharia ali na Lapa. Eram pilhas e pilhas de camisetas brancas, pijamas, mijões e cuequinhas Zorba!!
Obrigado, mãe!
Publicado em Homem Aranha 37 – Cz$ 7,00 – Jul/86
Os anos 80 traziam uma liberdade de expressão incontida, e por toda parte víamos anúncios que hoje seriam considerados “politicamente incorretos”.
Mas, o que temos aqui nesta propaganda, nada mais é do que a demonstração de um produto da forma mais natural possível.
O mundo evoluiu bastante nas últimas décadas, mas não tornou-se necessariamente um lugar melhor. Afinal de contas, restringir a liberdade da propaganda não vai fazer dos cidadãos pessoas melhores.
Nascemos, crescemos e nos tornamos adultos mentalmente saudáveis, usufruindo de liberdade criativa e principalmente: liberdade de escolha.
As novas gerações devem pensar e refletir sobre o rumo que as pequenas censuras podem levar, antes que se tornem grandes demais. Não deixem que tirem de vocês o poder de escolher e discernir por si próprios, o que melhor lhes convém.
Publicado no Almanaque Donald Contra Gastão nº 2 – nov-1983 – Cr$ 380
Vejam que interessante! Embora a estampa dos pijamas Hering sejam personagens Disney, a linguagem utilizada reflete claramente o que estava na moda em 1967: Roberto Carlos e a Jovem Guarda. “Vai ser bárbaro, mora?” “Tio Patinhas e outros brasas.” “Você vai se sentir um garotão enxuto.”
Recentemente a repórter Raquel Paulino, do IG, fez uma reportagem usando propagandas de nosso blog e destacou como o “politicamente correto” limou o conceito das propagandas que marcaram nossa infância (ou a dos seus pais).
A reportagem traz à atenção a recomendação do Conar para que não se “dialogue” com as crianças em propagandas, convidando-as ao consumo ou incentivando-as a “pedir ao papai ou à mamãe” as coisas, como podemos ver no texto da Hering de 1967 e em tantas outras propagandas que postamos.
Mas cá entre nós… Eu sou da época onde a única maneira de eu ter brinquedos ou outros produtos infantis era pedindo para o papai ou para a mamãe. E a única maneira de a criança ter acesso a propagandas eram nos gibis ou então na TV, nos intervalos da programação infantil.
Hoje as crianças possuem TV a cabo, internet, já são presenteadas com iPads em sua tenra idade, e ainda são levadas ao shopping todo fim de semana para se depararem com verdadeiros templos do consumo infantil (lojas RiHappy e similares). Em minha singela opinião, isso sim é um conjunto de coisas que constitui forte apelo para as crianças serem consumistas.
É por isso que eu tenho saudade das propagandas “politicamente incorretas”, que eram puras, inocentes em sua maioria e muito singelas. Tão suaves quanto um pijaminha Hering. E que não me tornaram um consumista impulsivo.
Publicada em Pato Donald 834 – 31/out/1967 – NCr$ 0,25